segunda-feira, 23 de maio de 2011

Paeonia

A Primavera me inspira! Vejam essas Peônias...








Já viram flores assim tão lindas? Têm uma exuberância inquestionável.
Depois de 12 longos anos, até me animei a pegar a aquarela e arriscar umas pinceladas:

Será que consigo voltar à velha forma? Fiquei animada para tentar novas experiências...

domingo, 22 de maio de 2011

Ave de agouro

Há cerca de 1 mês tenho observado quase que diariamente uma galinha estranha ciscando no fundo do meu quintal. Quer dizer, não é bem no "meu quintal": é no espaço que fica nos fundos de casa, o terreno que avisto da janela da cozinha. Hoje acordei encanada. Resolvi ir lá ver de perto a tal galinha pernuda. Munida da minha câmara fotográfica, lá fui eu. Amigos, eu quase morro de susto! Vejam vocês mesmos do que se tratava:
A tal galinha cegonha ciscando...
Isso mesmo! A ave esquisita a me espreitar era uma cegonha!!! Ui!!! 
Repasso mentalmente meus métodos anticoncepcionais e resolvo urgentemente descarregar numa tigela todos os comprimidos ainda em estoque e  fazer urgentemente um bolo simples, tipo pão de ló. Se o bolo crescer e ficar bom, só me resta a resignação: Terei sido mais uma vítima das pílulas de farinha. Acham que eu estou ficando doida?!!! 
Quando eu era criança, ficava berrando para o céu: "Cegonha, joga um nenem pra mim?!!!" Vai que o bicho levou a sério?! Eu, heim?!

domingo, 8 de maio de 2011

A ver navios

A primeira vez que li este poema, andava eu grávida de muitos meses e fiquei pasma ao constatar que alguém, e além de tudo um homem, conseguia traduzir em palavras tão exatamente a sensação que eu sentia ao conduzir meu próprio corpo. Eu era um cargueiro prestes a adernar. Apesar de sempre ter lido muito Drummond, ainda não tinha descoberto este poema. Acho-o de uma sensibilidade extrema. E aproveito o dia das Mães para dar a oportunidade a mais alguma que queira identificar-se com navios prenhes de esperança.
foto do filme "Terra estrangeira" de Walter Salles e Daniela Thomas.
«Sorrimos para as mulheres bojudas que passam como cargueiros adernando,
sorrimos sem interesse, porque a prenhez as circunda.
E levamos balões às crianças que afinal se revelam,
vemo-las criar folhas e temos cuidados especiais com sua segurança,
porque a rua é mortal e a seara não amadureceu.
Assistimos ao crescimento colegial das meninas e como é rude
infundir ritmo ao puro desengonço, forma ao espaço!
Nosso desejo, de ainda não desejar, não se sabe desejo, e espera.
Como o bicho espera outro bicho.
E o furto espera o ladrão.
E a morte espera o morto.
E a mesma espera, sua esperança.»
(...)
("Ciclo", de Carlos Drummond de Andrade - A vida passada a limpo.)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bordado em pedraria

É impossível ter tempo para tudo.
De vez em quando eu sumo daqui do blog. O que quer dizer que eu estou aparecida noutro canto qualquer.
 
Só para contar que andei bordando. Acontece.