Vue d'Ales: au premier plan, des Iris, mai 1888, Van Gogh Museum Amsterdam (Vincent van Gogh Foundation)
Ontem fui a Basel (Basileia) ver a maravilhosa exposição de Van Gogh. É preciso viajar para ver pessoalmente coisas que nenhuma reprodução, por melhor que seja, dá conta de retransmitir.
Me emocionei diante deste quadro, que na verdade tem muito mais azuis/roxos que o aqui reproduzido. Olhando assim para a foto, parece haver uma predominância de amarelos e ocres. No entanto, diante da obra de fato, eles fazem com que as suas cores complementares saltem muito mais aos olhos, dando a impressão de que nela predominem os azuis e roxos. Tem um domínio técnico admirável! É preciso viajar para ver.
Les cyprès, juin 1889, The Metropolitan Museum of Art, New York. Rogers Fund
Estes ciprestes também têm que ser vistos ao vivo e a cores: é impressionante o movimento que se percebe claramente na obra. Mas claro, reprodução nenhuma poderá transmiti-lo. É quase um vendaval de revolta! Uau! Como se chega nesse nível de excelência? Foi uma aula e tanto!
Um comentário:
Reza a lenda que Caê parou por alguns instantes diante deste caracol de azuis. Franzindo a testa, balbuceou:
"-Azul que é pura memória de algum lugar".
Meses depois, Trem das Cores já era a canção preferida nas rodas de violão Brasil afora...
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