segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Progressos na escrita

Na semana passada, chegou com um sorriso vitorioso nos lábios e disse orgulhosa:
_ Já sei escrever o meu nome.
Os olhos brilhavam.
_ Mostra.
Levei um susto! Ela escreveu como se estivesse num espelho! Parabenizei-a pelo seu esforço, pois lá estava realmente o seu nome escrito, mas havia um detalhe que estava diferente. Aí eu lhe mostrei que o nome estava escrito invertido (coloquei a seta em cima para mostrar a direção). Disse-lhe que por uma combinação que as pessoas fizeram, devemos sempre escrever de cima para baixo, e da esquerda para a direita. Escrevi eu o seu nome e coloquei a seta por cima (já que ela anda na fase das setas) para mostrar a direção correta.
Então ela falou assim, meio que magoada:
_ Eu posso escrever como quero...
_ Mas se todo mundo escrever do jeito que quer, quem for ler não vai saber nunca de que lado deve começar e aí pode entender tudo ao contrário. Em vez de Carolina, iam pensar que você se chama Anilorac.
Pensou um bocado, pegou a caneta e disse que também sabia escrever daquele meu jeito. E sem olhar em lugar algum, desenhou o nome novamente:
Que alívio!... Como mãe sofre por tão pouco! Ter uma Carochinha em casa, é ir do inferno ao céu em frações de minutos!
Mas não é uma lindinha?! Aos 5 já sabe escrever o seu nome decor. Enchi-lhe de beijinhos! Grandes progressos...

4 comentários:

Rachel disse...

E eu, q antes de terminar de ler o post, já tinha chamado toda a família para discutir o problema da Carochinha!!!

ahahahah

Rejane Paiva disse...

Ser tia de uma Carochinha também fez você ir do inferno ao céu num minuto, não? hehehehe
Acho que eu cheirei meia na gravidez...

rogerio disse...

rejane, os árabes escrevem em sentido contrário... alias, os mapas arabes tb eram de cabeça pra baixo.... 700 anos de dominação não passariam ilesos! eheheh

Rejane Paiva disse...

Ah-há! Então deve ser por isso que eu sempre tenho que ficar virando os mapas para entender bem onde é que estou. Deve ser minha herança árabe! ehehehhehe Pois é... os orientais... o importante é saber que isso tudo é apenas uma convenção. E nesse sentido, a Carolina está certa: podemos escrever da maneira que quisermos. O bacana é ela aos 5 anos já questionar isso. Ah! Que saudades que eu tenho desse frescor inquieto na minha vida! Hoje, aos 45, sinto que perdi 80% da minha capacidade de questionamento. As coisas são assim e pronto. Já nem me pergunto mais. Preciso reaprender a viver com ela. Como os filhos nos rejuvenescem!